Técnicas de rappel
Já em montanha, como não se vai voltar a subir pela corda, e como ela deve ser recolhida para novamente ser usada, usa-se passar o meio da corda pela fita de ancoragem, jogando as duas pontas para baixo. Neste caso, em primeiro lugar teremos que Ter o cuidado de dar um nó nas duas pontas da corda antes de jogá-las para baixo, isto para termos a certeza, de que as duas pontas chegaram juntas lá em baixo. Em segundo lugar, deve-se observar, se as pontas lá em baixo chegaram ao lugar desejado, senão você poderá ter que subir novamente.
Caso você está impossibilitado de verificar aonde as pontas estão, então aconselha-se a fazer o rappel bem devagar, e checar a todo o instante olhando para baixo, até poder ver se terá um ponto de ancoragem sólido ,de fácil manuseio, e que você possa trabalhar com o máximo de conforto, tipo uma plataforma. Mesmo que tenha achado uma plataforma bem confortável, não puxe uma das pontas da corda até você verificar se naquele ponto pode ser feita uma nova ancoragem, caso contrário poderá ficar prêso ali com seus companheiros.
Aqui já podemos falar como é importante ter consigo martelo, batedor e algumas chapeletas, porque mesmo que esteje em uma parede muito alta e sem ancoragens, podemos rapelar e fazer-mos várias ancoragens ao longo da descida, fincando as chapeletas na rocha. Se é usado um piton, também se passa uma fita pelo seu olhal, para evitar que sua borda fina demais corte acidentalmente a corda. Já no grampo de 3/8 ou 1/2 polegadas, sua seção é larga o suficiente para não machucar a corda, que pode ser passada diretamente pelo olhal.
Na maior parte das situações de montanha os rapeis são curtos, e uma corda normal de escalada (50 mts) dobrada, já é suficiente para baixar 22 ou 25 mts, porém o lance é maior, então amarram-se duas cordas de 50mts com um nó de pescador, jogando as duas pontas para baixo, tendo o cuidado de observar qual delas deverá ser puxada, para o nó não encrave no ponto de ancoragem e também ter o cuidado de fazer um nó nas duas pontas que jogarmos para baixo. Na hora de jogarmos para baixo a corda, é preferível não lançar a corda nunca enrolada, mas re enrola-la cada metade em separado.
O nó que se fez nas pontas também oferece segurança para que o aparelho que está sendo usado para rappel, não passe dali travando automaticamente no Final da corda. Quando puxá-las não esqueça de desfazer os nós.
De rotina, antes de colocar o seu peso na corda, teste sempre a ancoragem. A despeito dos cuidados na escolha desta, o sistema não passa seu teste da verdade, enquanto o primeiro a descer não completar o rappel. Se há corda suficiente, em caso de qualquer dúvida ele deve descer com segurança dada por cima. Além disto todos os outros membros da equipe devem estar ancorados, especialmente em paredes verticais e expostas, e isto tanto no topo, como ao pé de qualquer rappel. Se qualquer dúvida ainda existente a respeito da confiabilidade do ponto de ancoragem da corda de rappel, ele deve ser reforçado com outros múltiplos pontos conectados a ancoragem principal, por meio de fitas. Desde o primeiro, e se a ancoragem principal passa no teste, o último a baixar pode remover as ancoragens acessórias e rappelar com a corda passada apenas à ancoragem principal.
Já os rappeis executados com aparelhos são mais confortáveis e fáceis de controlar – contudo exigem mais cuidado na sua colocação e na sua técnica. Rappeis livres (em negativos), rappeis com mochilas pesadas ou volumosas, rappeis com cordas simples ou cordas muito finas – são todos mais fáceis quando se usa um aparelho qualquer de descida. Com o uso do aparelho, é possível a alguém colocado abaixo, controlar e mesmo travar a descida de qualquer pessoa que tenha perdido o controle. A inexperiência, por ter largado a corda , ou por ter perdido os sentidos, ou por estar ferido ou desabilitado – simplesmente retesando a própria corda com força, o que equivale a dar-lhe segurança por baixo – é uma das principais vantagens do rappel com aparelhos.
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