Ancoragem
Mesmo em grandes quedas, permite que o choque seja absorvido com uma só mão, pouca corda, e sem maiores impactos ou queimaduras por parte do segundo escalador, que pode usá-lo nos lugares e posições mais incríveis, desde que disponha de um ponto de fixação, árvore, grampo, etc.. à prova de bomba.
Os mosquetões são polias que dirigem o sistema de fôrças criado, e absorvem uma pequena parte da energia pelo atrito com a corda e pelo seu próprio amolejo (no sentido longitudinal). O baudrier completo distribui o impacto de forma uniforme por uma área maior do corpo, e em áreas em que não causem lesões. Do ponto de vista do guia, quanto maior a queda, maior o choque. Daí a vantagem de diminuir (H) e lançando a mão de uma distribuição razoável de costuras. Quanto maior o impacto, maiores são os danos, pessoais e materiais. Daí a vantagem de diminuir o impacto, evitando a queda única – transformando-a ao contrário, uma sucessão de pequenas quedas e , criando atrito com a pedra, evitar o choque seco que irá expor a falhas o sistema de segurança. É bom estar protegidos com roupas grossas, neste caso. O procedimento do guia é portanto, além de treinar os reflexos e adquirir uma “técnica” de queda, proteger-se bem (roupa, capacete, joelheiras, botas etc…), não fazer lances longos sem costura, e saber colocá-las de modo conveniente. Além disto, de rotina, o guia deve antes de sair, verificar a ancoragem do segundo e o método de segurança empregado, estudar o lance e prever a possível queda, verificar se dispõe do material facilmente ou então pegar mosquetões e fitas que o segundo veio recolhendo no lance anterior. E só então desancorar-se e sair para o lance.
Ao completar o lance , ancorar-se a um ponto ( que será a sua primeira costura ao iniciar o lance seguinte), e dar segurança ao segundo por outro ponto (que será a ancoragem do segundo, ao chegar). Evitar a ancoragem dos dois ao mesmo artefato. Do ponto de vista de quem segura é preciso aguentar o choque sem se machucar e sem ser arrancado do lugar. Há vários métodos de segurança disponíveis, nenhum perfeito, mas o que importa é evitar o choque sêco. E aqui surgem dois conceitos de segurança, estática e a dinâmica. A primeira é aguentar o tranco como puder (Q=2H/L ) no braço. A segurança dinâmica tenta aproveitar aquele tempo entre o comêço da queda e o tranco na corda, diminuindo em primeiro lugar (H) – recolhendo a corda ativa livre ( passe duvidoso, porque o tempo de queda é muito rápido, e dificilmente um principiante terá reflexos para isto). O segundo escalador, neste caso o que oferece segurança ao que caiu só precisa observar o seguinte:
– Estar sempre atento a todo instante na escalada do seu companheiro, sem pestanejar, ou conversar com terceiros. – Deixar sempre a quantia certa de corda de que seu companheiro necessite, nunca a deixando com folgas longas, e também nunca a deixando esticada Demais, porque se isto acontecer o seu companheiro não conseguirá escalar, e até mesmo poderá desiquilibrar-se e cair. – não dê segurança ao seu companheiro, se tiver ingerido bebida alcoolica, ou de preferência nem saia de casa. – Se o seu companheiro cair, logo que colocou a primeira costura, e há o perigo dele bater no chão, o segurança deverá retesar (puxar) a corda o mais rápido possível, para diminuir a altura (H).
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