Ancoragem
Como ajustar a caderinha corretamente
Primeiro ponto básico é na visualização da mesma, observando bem devagar para não deixar fitas torcidas na cintura ou nas pernas. A alça principal deve se posicionar na frente da cintura, e cuidado também para não coloca-la do avesso. Feito isso, aperta-se bem a cintura e por último as pernas. Verifique se a fita que envolve toda a cintura ficou bem em cima do quadril e sem folga. Por fim observe muito bem se as fivelas estão presas, os fechos das mesmas explicam que tem que passar pelo fecho pelo menos duas vezes na ida e na volta. Este detalhe é ponto tão importante que poderá resultar na abertura da mesma, quando a pessoa estiver pendurada nas alturas. Muito Cuidado com isto !!!.
Os mosquetões com rosca devem ser usados na cadeirinha do monitor, que vai oferecer a segurança para quem está escalando, e o mesmo deve ser rosqueado até o fim com o máximo de observação e cautela.
Os dois mosquetões automáticos, serão usados para prender a corda na cadeirinha de quem vai escalar. Evita erros do monitor na hora de rosquear o mosquetão, e evita também que o escalador iniciante tente abri-lo quando estiver escalando… Parece inacreditável que alguém vai fazer isso, mas um dia já aconteceu comigo em um evento, e por sorte estava usando esse tipo de mosquetão.
Use só o nó oito duplo com duas alças, para conectar o mosquetão automático na cadeirinha do escalador.
Fornecendo segurança para o companheiro
O elemento básico de segurança numa escalada, é a cordada. Em geral, de duas ou tres pessoas coloca-se sempre o melhor escalador à frente como guia; o melhor segurador como segundo , a terceira posição é a das melhores para quem gosta de fotografar e não quer se preocupar com assuntos de segurança. Quando a cordada é de dois escaladores com o mesmo nível técnico, podem ir se revesando de primeiro a cada lance: é menos stressante quando se está aprendendo, evita todo um trabalho de corda a cada ancoragem, e oferece a oportunidade de progredirem os dois, tecnicamente. A corda é o elemento de união entre os dois, mas cada ponto do sistema de encordamento tem sua importância: a cadeirinha, os nós usados, o ponto de ancoragem, e sua colocação, espaçamento e confiabilidade das costuras, o trabalho de corda e o método de segurança escolhida. O encordamento se faz atualmente pelo nó de oito duplo guiado, a uma cadeirinha ou baudrier. A ancoragem a um ponto qualquer se faz mais facilmente pelo nó volta de fiel, um nó de ajuste rápido, fácil de fazer com uma só mão. Pode-se também usar o nó de oito. O ponto de ancoragem- pedra, laca, árvore, grampo, piton ou nut – tem que ser sempre à prova de bomba (ou prova de queda). Em certos casos, a posição de quem segura é tão confiável, que não há necessidade de ancorar-se: é uma opção, mas um pouco versátil, caso alguém caia necessita-se travar a corda e proceder a uma recuperação.
OBS. Importante por Maurício Ferraro…
A figura mostra o guia usando um fiel no mosquetão de rosca que está no grampo da esquerda. Dessa forma o peso do guia se encontra sustentado apenas pelo grampo da esquerda. Nesse caso, a equalização está apenas exercendo o papel de backup para o grampo esquerdo, e não distribuindo o peso do guia entre os 2 grampos.
Além do mais, ocorre que quando o participante chega na parada ele não tem onde colocar sua solteira, já que ele não pode se solteirar no mosquetão do UIAA, pois quando vc for soltar o UIAA o msoquetão ficaria aberto e com o participante solteirado nele…muito arriscado. Na verdade até teria onde ele se solteirar.. naquele mosquetão do grampo esquerdo, que, coitado estará aguentando sozinho, o peso de 2 pessoas.
Acredito q a melhor solução é fazer a equalização e em seguida, o guia usando uma solteira e um mosquetão de rosca, se clipar naquele mosquetão base central. (onde no desenho o guia usa um UIAA)
A segurança do participante (UIAA, ATC, GRIGRI, GIGI..) passaria para um mosquetão de rosca preso no mosquetão base em q vc está solteirado. (então são 3 mosquetões: o base da equalização. Preso nele, o da solteira do guia e o da segurança do participante) Dessa forma quando o participante chega a parada ele pode se clipar no base em que o guia está clipado e que está usando da equalização para distribuir o peso nos 2 grampos…
Sendo assim a segurança do participante pode ser retirada e o guia começar o próximo esticão.
Fornecendo segurança com o grigri
Na figura acima, o escalador que fornece a segurança ao companheiro que escala, usa um nó em seu mosquetão que já vimos, o UIAA, mas hoje existe um equipamento que se chama GRIGRI, produzido pela Petzl, e adotado em todas as academias como aparelho de alta segurança nesses casos. O aprendizado do uso desse aparelho deverá ter acompanhamento de um técnico especializado sempre presente nas primeiras instruções, mas mesmo assim tentamos explicar abaixo seu modo de utilização. Antes de colocar o grigri no seu mosquetão leia com atenção toas as indicações de manuseio do mesmo, e como passar a corda por dentro do aparelho. Isto tem um lado certo, se porventura fizer errado ele não funciona podendo colocar em risco a pessoa que escala.
1 Nunca fique de costas para quem está escalando. Seria no mínimo uma falta de respeito.
2 Verifique tudo de novo antes do escalador começar a subir pela parede, cheque pelo menos duas vezes passo a passo, se as cadeirinhas estão bem presas e as fivelas apertadas; se os nós estão bem feitos; a conecção dos mosquetões, e a colocação dos grigris está correta, enfim olhe e observe mais uma vez e está tudo em ordem para dar a voz de comando para a pessoa começar a subir.
3 Há dois tipos de dar segurança com o grigri, a primeira delas seria o caso de academias que oferecem o sistema de escalada em TOP-ROPE, ou seja, nesse caso a corda já está ancorada no topo da parede passando pela ancoragem superior, e as duas pontas dela estão no piso da parede de escalada. O outro tipo de segurança é a escalada guiada, onde não temos ancoragem superior, isto determina que neste tipo de escalada o Grigri tem que ser requisitado com altíssima atenção e sómente com um curso de um profissional. No primeiro dos casos (Top Rope) uma das pontas da corda é presa ao escalador normalmente pelo nó em oito duplo, e a outra ponta, com quem vai ofereçer a seguranga para quem irá subir, este usando o GRIGRI, aliás um equipamento auto blocante.
Preste atenção – Quando o escalador sobe a corda que está presa na cadeirinha dele vai ficando com folga. Essa folga deve ser retirada imediatamente puxando a outra ponta da corda preferencialmente com a mão esquerda, e fazendo com que ela passe por dentro do grigri com a mão direita. Os olhos fitos no escalador devem estar atentos a qualquer movimento dele, porque nós nunca vamos saber a hora que ele vai se soltar da parede de escalada.
A corda de ancoragem deve ser a mais curta possível (e totalmente esticada), com o ponto de fixação sempre acima do segurador, e é colocado de frente para a direção de que possa vir o choque de uma queda, para não ser arrancado de sua posição, desiquilibrar-se, ou entrar em pendulo. (Normalmente em casos de escalada guiada em rocha).
Quando o escalador se solta e fica pendurado
Quando isto acontecer, a corda que passa por dentro do grigri imediatamente vai acionar o mecanismo mecânico do mesmo ficando tudo travado. O escalador vai ficar pendurado solto no ar, e o monitor que faz a segurança, vai sentir-se sendo puxado para cima. É so refletir um pouco mais….Se os dois estão presos pela mesma corda, enquanto uma força quer fazer o escalador descer a outra ponta da corda irá criar tensão contrária fazendo o monitor subir. Nunca coloque pessoas com mais de 80 kg. para escalar. (Já tive muitos problemas com gordos!) Eles viram de ponta cabeça com facilidade, e a cadeirinha pode escorregar pelas pernas. Isso porque, geralmente, eles não têm cintura definida e, por mais que a gente aperte não dá certo. Fica muito inseguro.
Outros sim que, se a pessoa que estiver escalando pesar 100 kg, e o monitor pesar 50 kg., é provável que, quando o escalador cair o outro poderá subir. Então, é fato termos uma equivalência de pesos entre os dois.
CUIDADO!!!
Antes de puxar a alavanca do equipamento (mão esquerda) para liberar a corda travada pelo grigri, primeiramente a mão direita deve estar bem segura na mesma (Observe bem o manual e as fotos). A alavanca tem que ser puxada bem devagar, e com a corda bem apertada pela mão direita. Conforme você vai liberando a alavanca para baixo, vai sentir a corda presa na mão direita querer escorregar pelos dedos, não abra a mão direita por nada neste mundo…se fizer isso a pessoa que estiver escalando cai deliberadamente. Você a deixa escorrer bem devagar por entre os dedos até que o escalador desça até o chão.
Nunca o monitor deve deixar o escalador colocar e tirar seu mosquetão. Sempre será o monitor o responsável por esse ato.
Um bom colchão (bem fofo e grosso), faz uma boa diferença embaixo de quem escala. Pode-se evitar um acidente mais grave no caso de um descuido do monitor.
Escalada guiada
As costuras, que o guia (escalador que vai a frente) vai colocando para sua segurança, não devem pelo seu número e colocação, desenvolver atrito na corda, ou forçá-la contra quinas de pedras ou bordas agudas onde possa sofrer danos. As costuras devem também ser montadas de modo a não se desfazer em hipótese alguma (o mosquetão abrindo por exemplo), ao mesmo tempo em que deixa a corda correr o mais livremente possível.O uso de fitas reorienta a trajetória da corda, que passa a ser mais retilínea, mais livre de angulações e de atrito.
Quanto ao mosquetão, a abertura deve estar do lado contrário ao do olhal do grampo ou piton, e a corda ao guia sempre saindo por cima do mosquetão, e pelo lado oposto ao da abertura. Em casos confusos, dois mosquetões em série oferecem uma combinação mais flexível- ou uma colocação menos duvidosa…
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